domingo, 30 de outubro de 2011

Crítica: Persépolis

 Há muito tempo atrás, num dia de aula na faculdade, o nosso professor de desenho, professor Cláudio me fez uma pergunta: "Você que gosta de quadrinhos, já leu Persépolis?" "Não." Foi a minha resposta.

 Me interessei, pois esse professor não era muito fã de quadrinhos e pegava no meu pé por eu trabalhar com esssa linguagem, mas justo ele estava me indicando uma história em quadrinhos para ler.

 Depois de muitos anos adquiri numa feira de livros aqui de Guarulhos o volume completo de Persépolis. De tanto falar minha mãe, e minha namorada se interessaram também, e leram antes que eu. Ao que parece as duas gostaram muito, assim como meu professor Cláudio. Confesso que achei básico, porém um trabalho que me intrigou de mais.

Vamos então aos pontos analisados por mim na obra intigante de Marjane Satrapi:

A autora nos conta através da sua auto biografia, a história de seu país, vivida, experenciada e vista do ponto de vista dela. A história do Irã, por si só é uma história interessante pra ser abordado por qualquer obra ficctícia. Um país de históricos conflitos internos e externos, personagens ilustres da história da humanidade e Marjane.

 Uma narrativa suave e despretensiosa que suavisa com humor questões acerca de temas "ultra" polêmicos: ditadura, revolução, religião, compotamento, diferenças sociais, moral, ética, sexualidade, violência, drogas, liberdade, entre outros. Além da narrativa clara e bem humorada, o desenho de Marjane é simples e limpo, apresenta grande capacidade de composição e uso correto do contraste entre preto e branco.

 O mais encantador é apreciar pela primeira vez uma história em quadrinhos com um traço típico da cultura da origem do/a autor/a. Vemos no desenho simples de Marjane a influência do tipo de desenho da arte oriental, com a lateralidade das figuras humanas, o uso de plano único sem se preocupar constantemente com a perspectiva e uso da profundidade. A arte cretense pela fluência natural dos movimentos das personagens. Além de alguns padrões e estampas que remetem à arte antiga da cultura Cretense, Mesopotâmica e Árabe.

É um trabalho riquíssimo do ponto de vista étnico e cultural, que abre nossas fronteiras para olharmos o mundo de forma mais globalizada, mais humanizada, nos ensina a ponderar sobre os diversos pontos de vista de um determinado assunto. Desmistifica um pouco a cultura "anti médio-oriente" presente infelizmente na nossa cultura ocidental. Uma divertida e rica história, concerteza quem ler além de rir vai aprender muito sobre o mundo e  o próprio "Ser Humano".



quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Muito Trabalho

Bom, eu fiquei uma semana sem postar nada, estou me adaptando à minha nova rotina. É o seguinte, eu tenho três posts engatilhados. Sei que eles vão ficar meio ultrapassados, mas só não postei porque ainda tenho de trabalhar um pouco mais neles. São os seguintes: Show do Red Hot em são paulo, greve dos correios e banco, além do trabalho que estou terminando. Abraço e até breve!

Rock in Rio?

Vou criar um pouquinho de polêmica aqui. É o seguinte: gostei muito do Rock in Rio. Foi um grande festival, muito divertido. Sobretudo o palco sunset que me ensinou algumas lições. Uma delas é sobre o preconceito musical.

Eu estou puto de ver um monte de pessoas falando e falando como se fossem especialistas do assunto, e principalmente, querendo impor um estilo sobre o outro, uma banda sobre a outra. Quer saber, fodam-se todos. To de saco cheio dessa merda do: "o meu é melhor que o seu, e eu sim entendo de música e você não".

A coisa está tão absurda que pessoas que tem o ouvido e gosto um pouquinho apurado ficam numa arrogância de merda, sendo que nunca compuseram uma música. Porra! Ou façam uma crítica ponderada e inteligente, até do show de uma Cláudia Leitte, ou não falem merda, por favor!

Eu estou a anos tentando ser um quadrinista, só eu sei o quanto é difícil, e na moral, ficar ouvindo de fãzoca babaca de quadrinhos que nunca pegou num bico de pena criticas a respeito de seu trabalho de maneira ofensiva, é muito foda. Irrita.

Então pessoal, vamos curtir a música e viajar, cantar, dançar, não importa. Vamos curtir a linguagem, sem preconceito, e se criticarmos vamos fazer a parada com respeito e inteligência. Não dêem uma de fracassado, revoltado, babaca. É feio, além de impedir a curtição e o conhecer coisas novas.


Antes de terminar, eu queria muito agradecer a minha Mãe, Marcelo, Fernando, pessoas que me ensiram a gostar dessa linguagem tão gostosa que é a música! Obrigado.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Crítica: Y the last man



 Um tempo atrás comprei os primeiros volumes de Y que saíram na banca. Ao ler, lembro-me de não ter achado grande coisa. Uma história divertida talvez, um pouco nerd até. O desenho básico, mas bem feito. O tempo passou, comprei os outros volumes e deixei no meu armário. Um belo dia resolvi reler os primeiros volumes e os últimos que havia adquirido.

Mudei de idéia.

Uma verdadeira obra prima o que Brian K. Vaughan e Pia Guerra desenvolveram! Claro. Os últimos volumes eu não li, afinal estou acompanhando o que sai na banca, mas até aqui eu fiquei impressionado com o trabalho dessa dupla.

Vamos por partes:

O roteiro de Brian K. Vaughan é literalmente cinematográfico. A maneira como ele brinca com o leitor chega a ser algo lúdico. Um embate "sacal": um mundo pós apocalíptico com um herói carismático, mas sem poderes nenhum, fator que aumenta o sentimento de catarse.
 Uma jornada perigosa e sem destino certo, digna de lembrarmos de Caverna do Dragão. Simples o roteiro, mas Brian K. Vaughan abusa de jogos, ele te envolve com algumas charadas, as quais ele vai dando pistas paulatinamente, até que são reveladas.
A trama secundária fica pela humanidade tratada de forma positiva, apesar de um mundo apocalíptico sem homens, as mulheres são retratadas como mães, amantes e em alguns casos violentíssimas algozes. Simples, inteligente, emocionante e sarcástico. Muito bom! (até aqui, quando ler a série até o final terei uma opinião mais justa.)

Assim como o roteiro a arte de Pia Guerra, vencedora de prêmio Eisner, é cinematográfica. Se não pela excelência, ou melhor exuberância técnica aque estamos acostumados, mas a sua maneira de contar história através de imagem é simples e clara.
Os quadros horizontais passam a sensação de estarmos assistindo um filme ao passar das páginas, que por serem limpas e objetivas dão uma dinâmica ininterrupta, dinâmica próxima de filme. Talvez o tipo de narração dela não combinasse tanto com o roteiro de outra pessoa que não o Brian K. Vaughan. Não pelo fato dela ser ruim, pelo contrário, ela é uma narradora nata, uma artista ao modo clássico da nona arte que infelizmente sofre por não encontrar roteiros inteligentes sobrando por ai ultimamente. 

Uma excelente série, quem quiser conferir: boa leitura e divirtam-se com Yorick e seu macaco Ampersand, os únicos machos mamíferos do planeta!

Um desabafo!

 Bom como eu ia dizendo, neste blog eu vou discutir um pouco sobre futebol também. Não tem como não estar um pouco chateado com este esporte ultimamente.

 Vamos começar pelo meu time que amanhã tem um embate dificílimo pela frente. O clássico magestoso. Bom, em relação ao time acredito que o Tite fez certo no treinamento de hoje. Improvisando o zagueiro Leandro Castán e utilizando Paulo André e Wallace na zaga. Outra mudança poderia ser o ataque. Ainda acho que o Danilo renderia mais e melhor perto do Liédson. Fazendo pivô para o Paulinho e Willian ou o Emerson fazerem ultrapassagem.

 Amanhã não acompanharei o jogo, pois estarei num grande evento que compartilharei em breve minhas impressões, mas estarei torcendo para que pelo menos o corinthians seja o Corinthians. Não é Tite?



Albert!

Aí vai um scatch de um personagem, de uma breve história. Já começo a me influenciar pela arte digital.


quinta-feira, 8 de setembro de 2011